O cenário climático para o segundo semestre de 2024 apresenta uma mudança significativa, com a chegada do fenômeno La Niña, substituindo as atuais condições do El Niño, conforme aponta a Nota Técnica nº 105/2024/SEI-CEMADEN, divulgada pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais em 6 de março. Esse fenômeno, caracterizado por um resfriamento anormal do Oceano Pacífico Tropical, tem o potencial de alterar significativamente o clima em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil.
Impactos esperados do La Niña no Brasil
A transição para o La Niña promete impactar diretamente as condições climáticas em nosso país, afetando desde a precipitação e temperatura até a produtividade agrícola e os recursos hídricos. Os principais impactos, analisados com base em cenários de anos análogos, se concentrarão no período entre setembro de 2024 e fevereiro de 2025, crucial para a quadra chuvosa na maior parte do Brasil.
Previsões climáticas detalhadas
Espera-se que o Amapá e a faixa entre Minas Gerais e Bahia recebam chuvas acima da média. Em contrapartida, a Região Sul poderá enfrentar chuvas abaixo da média histórica durante a primavera. O extremo norte do Brasil deve ter precipitações superiores à média no próximo verão. As temperaturas devem ficar abaixo dos valores médios na Região Sul, parte da Sudeste e no Amapá durante a primavera, devido à maior precipitação. No verão, o Norte, Nordeste e Centro-Oeste podem experimentar temperaturas mais baixas que o normal, enquanto o leste do Nordeste pode ter temperaturas acima da média.
O que é La Niña e seus efeitos
La Niña faz parte do ciclo natural El Niño-Oscilação Sul, alternando entre aquecimento (El Niño), condições neutras, e resfriamento (La Niña) do Oceano Pacífico Tropical. Este fenômeno pode influenciar o clima global, modificando os padrões de vento e afetando o regime de chuvas e temperaturas em várias regiões, incluindo o Brasil.
Preparação para o Agronegócio
A chegada do La Niña representa um momento crítico para o agronegócio brasileiro. Ajustar as estratégias de plantio e gestão de recursos hídricos será essencial para mitigar os impactos climáticos e aproveitar ao máximo as condições favoráveis
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